segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Importância da água-leitura multimidial

Prática Leitora Multimidial

Público-Alvo: Pré-adolescentes dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º a 9º Ano)
Tema gerador: Água
Objetivo: Propor leituras diversificadas que possibilitem momentos de reflexão sobre a importância da água, visto que é um recurso não-renovável e os problemas relacionados a ela nos preocupa e nos desafia a ter um consumo mais consciente.

Materiais e Recursos:
  • Leitura de textos literários:
Crônica: A água nossa de cada dia, de Maurício de Sousa
Poesia: A água e o pescador, de Lúcia Maria de Barcelos Santos
  • Leitura de música: Planeta Água, interpretada por Sandy e Júnior
  • Leitura de vídeo: clip da música Planeta Água.

Etapas Propostas:
1)      Propor a leitura do poema: A água e o pescador, para posterior debate sobre o que a autora quis transmitir sobre a água e a importância dela na vida dos pescadores.

A água e o pescador
Ó água pura e tão mansa,
Com servidão a regar,
O chão aonde descansa
Aquele nobre pescador,
Que veio até mesmo antes
De o sol levantar,
Buscar os peixes que estavam
Em tua cabeceira, a flutuar.

Das tuas margens extraiu
O seu merecido sustento,
E depois ele sorriu,
E, em sua canoa seguiu,
Ajudado pelo vento.

E tu, ó água tão pura,
Que também lavas as almas,
Já imaginaste quanta ternura
Por ti, tem o pescador?
Meditando em noites calmas,
Reconhece o teu valor.
Ás vezes, só tem a ti.
No exato momento: ali,
És tu, o seu único amor!

E é num ato de paixão,
Que para ti, se declara...
Mira a tua amplidão,
Que a um espelho se iguala,
E te abre o coração.
São dois amantes, então,
Sozinhos, na escuridão,
Num trocar de confidências,
E, no afã dessas urgências,
Até s coruja se cala!

SANTOS, Lúcia Maria de Barcelos. Sol de Itapuã. Porto Alegre: Evangraf, 2005.

2) Propor a leitura da crônica: A água nossa de cada dia e organização de grupos para a confecção de cartazes sobre como evitar o desperdício de água.

Crônica 231- “A água nossa de cada dia”
Hoje de manhã, enquanto levava meu filho para a escola, assisti a diversas cenas de desperdício.
Rua após rua, homens e mulheres usavam mangueiras para lavar calçadas e carros com jorros e jorros de água potável.
Nos primeiros casos cheguei a diminuir a velocidade do meu carro para sinalizar aos dissipadores que não deveriam estar fazendo aquilo. Mas eles olhavam, sem entender o que eu queria passar com os gestos... e continuavam com as torneiras abertas.
Nos casos seguintes, desisti.
Só olhava, desolado, toda aquela água preciosa escorrendo pela calçada, pelas sarjetas...
Se voltar a percorrer o bairro nesta bela manhã de abril provavelmente vou surpreender mais dissipadores em ação.
Talvez já lavando carros, mais pátios e calçadas.
E vou, de novo, ficar triste com o desperdício escancarado, explícito, irresponsável.
O que fazer para que nós, nossos filhos e os filhos de nossos filhos tenham água de boa qualidade e em quantidade no futuro?
Acho que, para começar, falar com as crianças.
Se os adultos dão lições de desperdício, as crianças podem, no tempo, reverter o processo.
Enquanto crianças, podem entender melhor a necessidade de preservamos nossos recursos naturais. Água, inclusive.
Quando crescerem, vão substituir os adultos insensatos de hoje já com atitudes corretas no cuidado com o meio ambiente.
Longe de mim a idéia de transformar quem quer que seja em vigilante, patrulheiro, inspetor de recursos naturais.
Também seria insensato. Em alguns casos até perigoso.
Tem gente que não aceita críticas.
Mas se cada um de nós pudesse passar aos filhos, às crianças, em geral, propostas, idéias e conselhos para buscarem a economia, a racionalização do uso da água, teríamos um início de caminho já sinalizado.
E enquanto crianças e jovens vão se conscientizando, vamos pensando, num modo de chegarmos até os dissipadores adultos com orientação e informações.
Pra começar, à volta da escola, já vou falando sobre o assunto com meu filho.
De novo, porque lá em casa o assunto já é velho e conhecido.
Mas bons conselhos podem ser repetidos... e acumulados.
E cuidados com nossos recursos naturais deveriam merecer até mesmo algum tipo de saudação. Assim, como dizemos bom dia, boa noite, até logo, poderíamos começar a dizer: salvou água, hoje? apagou a luz que não está usando? salvou uma árvore? pensou nas crianças que não tem água para beber?...
Pode parecer meio dramático. Mas antes um dramático falado do que sentido.
Enquanto é tempo.
27.04.2001
Disponível em:www.monica.com.br/mauricio/cronicas/cron231.htm
Acesso em : 25 janeiro de 2011


3) Os alunos assistirão ao clip da música: Planeta Água e após criarão formas de apresentação para um show de talentos, sendo que cada um poderá apresentar o que quiser: desenhos, pinturas, dança, música, teatro, etc. desde que o tema seja a água. Esta mostra de talentos dos alunos será apresentada para alunos dos anos iniciais.

Planeta Água

Sandy e Junior

Composição: Guilherme Arantes

Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua
Na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas
No leito dos lagos, no leito dos lagos
Águas dos igarapés, onde Iara "mãe d'água"
É misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes são lágrimas da inundação
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água
Terra, planeta água
Terra, planeta água

4) Criação de panfletos informativos sobre a importância da água e maneiras de evitar o desperdício para que sejam distribuídos na escola e para os pais.
5) Feedback, com avaliação das atividades propostas, desenvolvimento das mesmas e participação de todos.

domingo, 16 de janeiro de 2011

LEITURA



Leitura, 1892
Pinacoteca do Estado, São Paulo
Disponível em:
pt.wikipedia.org/wiki/Almeida_Júnior
Acesso em 15/01/2011
Pintor:
José Ferraz de Almeida Júnior (Itu, 8 de maio de 1850 – Piracicaba, 13 de novembro de 1899) foi um pintor e desenhista brasileiro da segunda metade do século XIX. É frequentemente aclamado pela historiografia como o precursor da abordagem de temática regionalista, introduzindo assuntos até então inéditos na produção acadêmica brasileira: o amplo destaque conferido a personagens simples e anônimos e a fidedignidade com que retratou a cultura caipira, suprimindo a monumentalidade em voga no ensino artístico oficial em favor de um naturalismo.
Foi certamente o pintor que melhor assimilou o legado do Realismo de Gustave Courbet e de Jean-François Millet, articulando-os ao compromisso da ideologia dos salons parisienses e estabelecendo uma ponte entre o verismo intimista e a rigidez formal do academicismo, característica essa que o tornou bastante célebre ainda em vida. De forma semelhante, sua biografia é até hoje objeto de estudo, sendo de especial interesse as histórias e lendas relativas às circunstâncias que levaram ao seu assassinato: Almeida Júnior morreu apunhalado, vítima de um crime passional.
O Dia do Artista Plástico brasileiro é comemorado a 8 de maio, data de nascimento do pintor.
Almeida Júnior destacou-se em sua cidade natal, Itu, como artista precoce. Seu primeiro incentivador foi o padre Miguel Correa Pacheco, quando o pintor ainda trabalhava como sineiro na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, para a qual produziu algumas obras de temática sacra. Uma coleta de fundos organizada pelo padre forneceu as condições para que o jovem artista, então com 19 anos de idade, pudesse embarcar para o Rio de Janeiro, a fim de completar seus estudos.
Em 1869, Almeida Júnior encontrava-se inscrito na Academia Imperial de Belas Artes. Foi aluno de Jules Le Chevrel, Victor Meirelles e, possivelmente, Pedro Américo. Diversas crônicas relatam que seu jeito simplório e linguajar matuto causavam espanto aos membros da Academia. 

POEMA SOBRE A PINTURA:
Leitura
Ler é viajar, sonhar, imaginar
Na viagem realizada descobrimos novos horizontes
Partimos ao encontro do amor ou do ódio
Vivenciamos momentos de tristeza e alegria
Numa contradição de sentimentos
Tornamo-nos poetas, amantes, aventureiros ou piratas
Acreditamos que o amor é possível e que somos as princesinhas
À procura do príncipe encantado
Na realidade cotidiana, conformamo-nos com os sapos da vida amorosa...
Homens com defeitos e qualidades
Que muitas vezes, nem sabem montar num cavalo
Imaginem chegar cavalgando para nos salvar de uma sina ou maldição!

Quem não gostaria de ser uma bruxa?
Colocar todos os problemas no caldeirão e resolvê-los de uma só vez
Fadas com suas varinhas de condão
Transformando lágrimas em sorriso
Palavras em ação

Nos livros encontramos personagens intrigantes e mitológicos
Os mocinhos e os vilões
De qualquer forma somos desafiados
A duvidar, criticar, motivar, amar
Nossa curiosidade é aguçada
Entre encontros e desencontros
Vamos desconstruindo e construindo
E assim, fazemos nossa leitura de mundo
No mundo da leitura

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ALAOR

Alaor foi personagem histórico da cidade de Bagé, todos o conheciam por sua imaginária profissão de guarda de trânsito. Ele costumava ficar perto dos semáforos, com seu apito ensurdecedor comandando o trânsito como se fosse um guarda. Algumas pessoas riam dele, outras incentivavam sua loucura e davam-lhe força dizendo: -“É isso mesmo Alaor só tu mesmo pode dar jeito nesse trânsito”.
 E outras ainda o ignoravam, passavam por ele como se ele não existisse. Essa era a vida dele, dia e noite comandando o trânsito, acompanhando procissões, carreatas e tudo mais que ele imaginara organizar.
- Certo dia aconteceu um grave acidente de automóveis, várias pessoas ficaram feridas foi então que Alaor ligou para o SAMU pedindo uma ambulância urgente. A telefonista que o atendeu começou a pedir informações sobre o acidente:
Perguntou ela então: - onde ocorreu o acidente?
Ele respondeu: - Na rua Sete de Setembro.
Então continuou a perguntar: - Podes me dar um ponto de referência?
Então ele disse:- Em frente ao super mercado e próximo ao semáforo que eu comando.
Então a telefonista perguntou: - Você comanda?
- Mas quem é que está falando?
- Aqui é o Alaor.
- Ah, não acredito!Tu Alaor?
- Não tens o que fazer? Passando trote, isso aqui é coisa séria vai arrumar alguma coisa para fazer.
Mas Alaor continuou a ligar e insistir no pedido da ambulância.
Foi então que a telefonista chamou o médico de plantão e comentou com ele o acontecido.
O médico e os enfermeiros que o acompanhavam, tiveram uma idéia, vamos pegar a ambulância colocar o Alaor em uma camisa de força e dar um susto nele, assim ele vai parar de incomodar.
Saíram então os três, aproximaram-se da avenida sete local onde o Alaor dizia estar, levou um tremendo susto o acidente era verídico. Visualizaram Alaor com seu apito ensurdecedor tentando reanimar as vítimas pobres Alaor, estava enlouquecido. O médico e os enfermeiros atenderam os acidentados, chamaram reforço e levaram as vítimas para o hospital.
Enquanto carregavam as vítimas lastimavam-se por não terem dado crédito ao Alaor. Passado alguns meses as vítimas já recuperadas daquele horrível acidente resolveram fazer uma homenagem a esse homem que os ajudou. Prepararam uma festa surpresa e lhe deram de presente um apito e uma imitação de farda de guarda de trânsito, agradeceram pelo apoio e tentativa de salvá-los. Ele ficou muito agradecido parecia uma criança, continuou seu imaginário trabalho de guarda de trânsito, já a telefonista, o médico e os enfermeiros aprenderam a dar crédito às pessoas mesmo que elas tenham certas necessidades especiais.

Fim

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A Cartomante do Pampa.

A Cartomante do Pampa

Imaginar o que uma traição repercutirá nas atitudes do ser que a sofre é impossível. Alguns aceitam, outros se vingam. Mas, de uma forma ou outra a desilusão não pode ser evitada. Com a vingança mais presente no coração que o perdão, um gaúcho desiludido entrega seu próprio destino à morte.
A prenda Elisa era a mais bela moça do Pampa. Seu esposo, um fazendeiro muito respeitado, costumava chamá-la de minha “china véia”.
Certo dia, ela revela ao amado que consultou uma cartomante a qual morava em Dom Pedrito. Ele meio assustado, meio arredio, questionou o motivo dela se deslocar de Bagé a outra cidade para saber coisas que nem seriam verdadeiras.
_ Não deboches de mim, por favor! Saí nesta empreitada por estar com medo do meu marido. Ele anda desconfiado, nos olha com raiva.
_ É impressão sua, chinoca! O João jamais vai saber de nosso caso.
_ Consultei a mulher das cartas e ela me garantiu que João morrerá sem saber de nosso amor.
_ Tu acreditas mesmo no que ela disse?
_ Bah! Não tenho certeza de nada, mas ela me pareceu ter confiança no que dizia.
_ Então, não te assustes vivente!
Victor não queria dizer para sua amada que não acreditava em previsões para não magoá-la. Queria vê-la tranqüila e sem questionar suas posições relacionadas às crendices populares.
Embora soubessem dos riscos que tinham, o amor não os fez parar o romance.
Elisa usava vestidos de prenda, sapatos pretos com salto baixo e uma trança no cabelo escuro. Tinha olhos verdes e envolventes. Victor não resistiu aos encantos dela e apesar de ter sido acolhido por João, caiu em tentação.
Victor era chamado por João de peão amigo. Logo que chegou em Bagé estava sem ter onde morar e desempregado.Conheceu João por acaso numa visita à Igreja de São Sebastião. Victor tinha ido rezar para pedir emprego e João ouviu sem querer as suas preces, chamando-o para trabalhar na sua estância como peão para auxiliar no cuidado com o gado, fazer a “lida” do campo, assar o churrasco, entre outras coisas.
Victor criou um vínculo de amizade muito forte com João. Porém, a beleza de Elisa fazia-lhe pulsar o coração de forma acelerada. Não tardou para os dois se apaixonarem perdidamente.
Elisa casou-se com João a pedido do pai que estava à beira da morte. Ela não o amava, mas acolheu o desejo dele. João era um gaúcho que não cuidava muito da aparência, estava sempre “pilchado” com desleixo. As “bombachas” eram desbotadas e as botas sempre sujas. Tinha barriga grande e um bigode de assustar. Já Victor tinha um porte atlético, era vaidoso, bastante perfumado e fazia questão de deixar os músculos expostos para que os homens sentissem inveja e as mulheres desejo.
Quando João fazia negócios no Centro da cidade, Victor e Elisa encontravam-se no campo e se acariciavam com amor. Depois de algum tempo, perderam a razão e mantinham o romance dentro da casa do fazendeiro.
João saía muito durante o dia e não percebia o que estava acontecendo. Os amantes tinham os mesmos gostos. Passeavam a cavalo, colhiam os ovos das galinhas, organizavam os churrascos, dançavam “vaneira” e tomavam“chimarrão”.
Um dia Victor recebeu um bilhete anônimo, no qual estava escrito:
_ Afaste-se de Elisa, pois estás correndo perigo!
Victor não sabia se o bilhete era para ajudá-lo a se precaver de uma atitude de João ou se era uma ameaça do mesmo. Quando ele contou à Elisa o fato, ela procurou a cartomante.
Por precaução, afastaram-se por alguns dias. Depois da consulta, Elisa sentiu-se aliviada e voltou a encontrar seu amante. Victor não parecia estar mais calmo com o que Elisa lhe disse. Continuou recebendo outros bilhetes que lhe deixavam impaciente e temeroso.
Após um mês, Victor recebeu um bilhete no qual estava escrito:
_ Venha até o poço hoje ao meio-dia! Precisamos conversar antes que seja tarde!
Victor assustado, mas preocupado com Elisa, não sabia o que fazer.
Lembrou-se da conversa que teve com Elisa sobre a Cartomante do Pampa e antes de ir ao encontro, viajou para Dom Pedrito. Chegando lá, avistou um casebre escuro e sujo. Na janela, estava olhando para ele uma mulher humilde com trajes coloridos. Ele sentiu um arrepio e mesmo assim entrou na casa dela.
_Sente-se “guapo”. O que te traz aqui é o medo e o desespero.
_ Sim, senhora. Estou apavorado, tchê!
As cartas de tarô, grandes e bonitas foram sendo postas na mesa.
Ela disse:
_ Retire 3 cartas, “guapo”. Elas representam teu passado, presente e futuro.
Victor não estava preocupado com o passado. O presente era preocupante e o futuro assustador.
A mulher desvirou as cartas e uma a uma revelando o que dizia interpretar.
_ A primeira carta mostra teu amor por uma bela prenda. Mas, ela é comprometida com outro.
Victor suava gelado. Confirmou o que ela disse.
_ A segunda carta mostra que este gaúcho é seu amigo. Acolhe-te em sua casa.
_A terceira carta mostra que o romance de vocês não será descoberto. Terão muitos anos de amor.
Victor admirado com a cartomante e suas previsões viu um prato com “torresmos” na prateleira atrás dela.
_ Quantos quilos de “torresmos” a senhora quer por ter jogado cartas pra mim?
_ Quantos o seu coração quiser, “guapo”.
Victor pensou em trazer os “torresmos” assim que resolvesse a situação com João e seu intrigante bilhete. Pagou R$ 50,00 pela consulta.
A mulher admirou-se, pois cobrava apenas R$10,00.
_Vá em paz, “guapo”! Segue teu coração e cuida da prenda que estimas!
Victor ansioso para resolver a situação saiu aliviado.
No caminho pensou em como tinha sido ingênuo de imaginar absurdos depois de ter recebido o bilhete. Já havia pensado até numa cena em que João estava com um facão lhe esperando no poço.
Ao chegar ao local marcado, viu João sério como se estivesse com raiva.
_Se aprochegue vivente. Olhe para este poço.
_ Desculpe a demora amigo. Tinha coisas para resolver.
_ Não tem problema. Olhe para dentro do poço.
Victor deu um grito de terror ao avistar o corpo de Elisa boiando n’água.
Após, João pegou sua faca “carneadeira” e proferiu golpes contra Victor sem que ele conseguisse sequer pensar em reagir.
_Pegou minha “china”, agora morra desgraçado!
_Vai morrer como um porco, tchê!
Quando João viu os corpos mortos de sua esposa e de seu amigo, pensou que os vizinhos iriam saber de seus atos e sem pensar muito foi até uma árvore.
_Aqui fica um corno vingado! Escreveu com a faca na árvore. Pegou uma corda grossa amarrou-a na árvore e no pescoço atirando-se contra o chão.
Três corpos e um amor platônico. Assim acaba a história de destinos que estavam fadados à morte.


FIM

sábado, 11 de dezembro de 2010

Valorização da vida!




Vivemos preocupados com nosso trabalho e deixamos,às vezes, de aproveitar as coisas boas da vida,tais como: amizade,amor,paz interior,entre outras.Para termos uma prática pedagógica que traga entusiasmo e alegria, devemos resgatar a nossa própria felicidade.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Possibilidades de trabalhar com Poesias nos Anos Iniciais.

Possibilidades de trabalhar com Poesias nos Anos Iniciais.

Para desenvolvermos um trabalho de mediadores de leitura precisamos buscar atividades diversificadas que incentivem às práticas de leitura nas diferentes faixas etárias e níveis de escolaridade. O trabalho com poesia na infância inicia-se com as cantigas de ninar as quais são poesias orais passadas de geração para geração. Assim se propicia a formação de leitores de poesia.
É importante para as crianças brincarem com as palavras e cultivarem o gosto pela leitura desde a infância para que no futuro isto se torne um hábito. O gosto pela leitura começa quando elas passam a ouvir de seus pais histórias e então viajam no mundo da imaginação. Na escola os professores tendem a fazer com que esse hábito se perpetue.Mas nem sempre é assim, existem casos em que a escola é o primeiro contato da criança com a leitura. Estes alunos devem ter uma atenção especial.
Nosso fazer pedagógico nos Anos Iniciais deve estar pautado no trabalho com poesias sem uma preocupação com o entendimento das mesmas. O que importa é a fantasia, a imaginação, a viagem que a poesia proporcionará para as crianças.
Utilizar parlendas, tirinhas, adivinhas, também agrada aos educandos menores pelo bom-humor que contém.
É importante a participação dos pais na brincadeira com a poesia sem a preocupação com a interpretação e o entendimento. Porém, sabemos que muitos deles, não têm acesso a livros, jornais, revistas e outros recursos que estejam ligados à leitura. Nosso papel enquanto educador é mesmo que não tenhamos a participação dos pais, aproximar a criança à oralidade e ao ritmo.
Uma possibilidade de trabalhar com poesia nos Anos Iniciais é buscar atividades com os poemas musicados. Eles fazem a criança viajar, sonhar e de uma maneira muito divertida, como se fosse uma brincadeira.
Devemos ter o cuidado de escolher leituras interessantes que chamem a atenção do aluno e ele volte a procurar novas leituras.

A importância de brincar com as palavras.

Desde cedo cedo devemos levar ao conhecimento das crianças à leitura.
As rimas, trocadilhos, adivinhas e músicas são facilmente compreendidas no mundo infantil.
A partir daí deve começar os primeiros contatos das crianças com a leitura.
Para elas será uma "brincadeira". Pequenos poemas muitas vezes sem rima mero jogo de palavras.
O conto de estórias iniciado com os pais e irmãos em casa faz com que a criança já chegue na escola com seu baú do mundo da imaginaginação repelto para compartilhar com os colegas.
Mas nem sempre é assim por isso cabe aos professores de pré-escola e séries iniciais fazer este contato mais intimo entre os alunos e a leitura.
As cantigas, os jogos e a poesia infantil seriam um bom começo, uma brincadeira que acaba se tornando um hábito muito importante para toda vida escolar desta criança.
Os professores de séries iniciais devem estar bem preparados e a escolha da qualidade do material que será apresentado a essas crianças deve ser bem seletivo. Pois este professor é quem vai dar a base inicial neste trabalho de iniciação a leitura, que para as crianças é apenas uma brincadeira.
Segundo Helber pinheiro há no mercado excelentes obras sugerindo modos de aproximar a criança da poesia basta saber utilizá-los.